EUA com orçamento <br>militar recorde
As despesas militares norte-americanas vão superar, em 2017, qualquer montante anterior. Fazer face à «ameaça» da Rússia é o objectivo confessado.
Washington fala num «pré- -posicionamento para a guerra» na Europa
Ashton Carter justificou a aumento significativo com a necessidade de «reforçar a nossa posição na Europa e apoiar os nossos aliados na NATO (Organização para o Tratado do Atlântico Norte) face às agressões da Rússia».
Carter detalhou que a verba «vai financiar muitas coisas», desde a intensificação da «rotação das forças norte-americanas na Europa». Acrescem «mais treinos e exercícios com os nossos aliados, bem como um melhor pré-posicionamento para a guerra e melhorias nas infra-estruturas para a apoiar», disse na declaração assumidamente belicista que confirma os enormes perigos que enfrenta a humanidade.
No orçamento da Defesa dos EUA, calcula-se uma verba quatro vezes superior à actual para operações de contraposição à Federação Russa na Europa.
Ao financiamento da «luta contra o terrorismo», é outorgado uma cifra 50 por cento superior à corrente, isto apesar de Ashton Carter argumentar que as campanhas militares na Síria e Iraque provocaram a ruptura do stock de bombas no país. Numa confissão surpreendente, o titular da Defesa dos EUA afirmou ainda que «temos atingido o Estado Islâmico com tantas bombas inteligentes ( ...) que tivemos de diminuir as que utilizamos contra os terroristas (!)».
Acto contínuo, a NATO veio saudar a decisão belicista do Tio Sam. Para o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, tal pode traduzir-se numa «contribuição importante e oportuna à dissuasão e defesa colectiva da NATO».